Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2012 às 20:30 até Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2012 às 19:30
Paulo Eurico Variz nasceu em Londres em 1971. O seu trabalho artístico, que começou por buscar inspiração no cubismo e por reflectir sobre
as questões levantadas pelos cubistas, tende a encontra-se algures entre a pintura e a escultura. Mais recentemente, as suas obras pensam na definição de espaços temporários (na instalação), ganham mobilidade (no design de moda) ou fazem-nos questionar sobre o seu carácter efémero (por exemplo, quando colabora com fotógrafos). Já publicou as suas reflexões sobre o cubismo na Connecticut Review e expõe, em Portugal
como no estrangeiro, os resultados dessa reflexão, muitas vezes em colaboração com outros artistas.
Os seus livros de artista expostos esta noite indiciam estes antecedentes. Em particular, a série de seis livros de artista agora disponibilizados no espaço 4 A Fábrica partilham com o trajecto proposto para o dia 5 de Janeiro o carácter lúdico e uma preocupação em pesquisar. Plástico, celofane e traços generosos de tinta acrílica sobre papel decorativo desdobrável fazem-nos ao mesmo tempo questionar, e convidam-nos a mexer e a
observar os materiais e o processo de construção do livro. Entre o infantil e o adulto, é uma experiência ao mesmo tempo intelectual, sensorial e sensual – e o resultado são livros de artista ao mesmo tempo frágeis e perenes.
A 4ª Fábrica apresenta, no dia 5 de Janeiro, das 19 às 21h, uma série de livros de artista da autoria de Paulo Eurico Variz.
Os visitantes serão convidados a seguirem um trajecto para descobrirem, de entre livros e ilustrações de outros artistas representados no espaço
4A Fábrica, quais são os primeiros seis livros a integrar aquela série. Pelo meio, estarão outros livros de artista seus que ora contribuem para a delimitação e definição do espaço expositivo, ora utilizam o espaço expositivo para se definirem, ora ainda que questionam os limites do que se pode entender como livro de artista.
Todos os visitantes são convidados a tactear, abrir, folhear, cheirar os livros, e mesmo a fazer parte deles – os do Paulo e os dos outros artistas
representados na 4 A Fábrica.
tal como prometido, a orfeu negro vai editar em 2012 o livro sucessor de "perdido e achado", de oliver jeffers, da inusitada amizade entre um rapaz e um pinguim.
(Sílvia Borges Silva, O Palácio da Lua)